O ANJO E O SOLDADO DESCONHECIDO - Poesia nº 42 do meu quarto livro "ECLIPSE"

Sem glórias eu ter, porque lembraste

De mim ao resgatar-me de um jazigo...?

Já talvez, sepultada por castigo,

Porque você da mi’ alma bem cuidaste?

Naquele tempo nem te conhecia...

E somente de longe me espionavas,

Sem da sina eu saber que me esperavas,

Na inútil guerra que o poder vencia.

Dos meus pais despedi-me pra jornada.

Nunca matei, mas vieram me matar.

Minha carne foi com a honra enterrada,

...Na qual por graça, viestes me salvar!

Mi ’alma por suas mãos foi perdoada,

Voarei contigo ao céu pra descansar!

Eduardo Eugênio Batista

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Setedados
Enviado por Setedados em 09/03/2017
Reeditado em 29/03/2017
Código do texto: T5935252
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