SONETO DA ROSA
A rosa não curtiu ser só o emblema
Da causa errada a quem por causa a tome
E dela ignore o aroma, o solo e o nome –
Nos dedos surdos, leve, é apenas lema.
Mas e daí, Rosinha, qual o problema?
A glória é brisa – breve – logo some
Se há Glória, mesmo, ignore a própria fome
E por tão pouco chore a causa e gema...
Vou ser sincero – se acha que me engana
Errou bem feio, amor, desprezo a trama
Que ilude enquanto passa por ‘humana’...
Seu drama passa pela mesma cama
Da mesma torpe amnésia que ainda dana
A alguns, que até protestam... por mais lama.
.
A rosa não curtiu ser só o emblema
Da causa errada a quem por causa a tome
E dela ignore o aroma, o solo e o nome –
Nos dedos surdos, leve, é apenas lema.
Mas e daí, Rosinha, qual o problema?
A glória é brisa – breve – logo some
Se há Glória, mesmo, ignore a própria fome
E por tão pouco chore a causa e gema...
Vou ser sincero – se acha que me engana
Errou bem feio, amor, desprezo a trama
Que ilude enquanto passa por ‘humana’...
Seu drama passa pela mesma cama
Da mesma torpe amnésia que ainda dana
A alguns, que até protestam... por mais lama.
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