Mulherilidade

Seios que alimentam a humanidade

Sinal da hereditariedade do amor.

Fonte exímia de visceral divindade

Ápice de proximidade com o criador.

Afetuosa imagem na maternidade;

Fogo voraz quando amante acolhedor;

E morte árida se por contrariedade

Fere e profana sem nenhum pudor.

Espírito de grande ambiguidade,

Exílio inóspito e abrigo protetor;

De A a Z reincidente em qualidade!

Réu e refém da própria sexualidade.

Febril dilema, do poeta, inspirador,

Forjando o ardor de sua feminilidade!

Priscila Neves
Enviado por Priscila Neves em 08/03/2017
Reeditado em 08/03/2017
Código do texto: T5934993
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