APENAS SOBROU-ME SER UM ALGUÉM - Poesia nº 38 do meu quarto livro "ECLIPSE"

Em dobro paguei o que eu não devia,

Mas como desfazer o que é incerto?

Dos sonhos que te dei, não merecia

Esse eco à solidão em meu deserto.

Foi por teu abandono, de repente,

Em dívida paga na cumplicidade...,

Paixão escorria como água corrente,

Naquele tempo ausente da saudade.

Se a vingança é de pecado servir-se,

Sem ter uma vida a quem repartir,

Não sei o que é por amor entregar-se!

Sou das horas, as noites a partir

Em um sol desmanchado a refletir-se,

Nesse mero espaço humano a existir!

Eduardo Eugênio Batista

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Setedados
Enviado por Setedados em 08/03/2017
Reeditado em 08/03/2017
Código do texto: T5934118
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