APENAS SOBROU-ME SER UM ALGUÉM - Poesia nº 38 do meu quarto livro "ECLIPSE"
Em dobro paguei o que eu não devia,
Mas como desfazer o que é incerto?
Dos sonhos que te dei, não merecia
Esse eco à solidão em meu deserto.
Foi por teu abandono, de repente,
Em dívida paga na cumplicidade...,
Paixão escorria como água corrente,
Naquele tempo ausente da saudade.
Se a vingança é de pecado servir-se,
Sem ter uma vida a quem repartir,
Não sei o que é por amor entregar-se!
Sou das horas, as noites a partir
Em um sol desmanchado a refletir-se,
Nesse mero espaço humano a existir!
Eduardo Eugênio Batista
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