Soneto grãos de segundos
Quando retornou à casa amarela
Já era noite de sábado
Banhou-se com as rosas no jardim
E a lua viu tua pele nua.
Eu, do quarto escuro, à desejei
Sussurrei meus pensamentos por tal beleza
E adormeci por grãos de segundos
E pude abraçar o barro em escultura.
Meu toque sentiu os castanhos longos
À boca, não ousei os lábios tocarem
Mas decorei toda a geografia carnal.
Senti o corpo voltando à janela
Ela ainda banhava-se no jardim
Por grãos de segundos, voltei a dormir!