Caso perdido, amor sem esperança
Caso perdido, amor sem esperança
Que tem no desalento o seu consorte
Cativo dos grilhões da sorte
Amargando das paixões alta cobrança
E não há nenhuma sombra que conforte
Na indiferença, a ríspida esquivança
Pois esse mal perdura na lembrança
E excede com engenho a própria morte
E assim seguimos na chama insana
Pondo a confiança imersa em lava
Fadário da natureza escrava
Enraizado na essência humana
E o insensato busca flores na lama
E ama o jugo de sua própria aldrava