NOITE BALÃO...
Na madrugada quente escuto versos
São pingos do luar... Estão molhados?
Da noite o seu silêncio nos telhados
Já foi quebrado pelos sons dispersos...
Por conta-gotas pelo breu imersos
De gota em gota em tamborilados
O samba invisível dos alados
Riachos pelos leitos de universos...
Em março suas gotas derradeiras
Que caprichosamente às bananeiras
Em percussões são músicas nas trevas...
Da "madrugada-noite" em mim fascina
Imaginando que o silêncio ensina...
Ó noite! És balão, e tu me elevas.
Autor: André Luiz Pinheiro
06/03/2017