EU, CARRASCO DA MINHA ESCRAVIDÃO- Poesia nº 32 do meu quarto livro "ECLIPSE"
Cavo-me fundo no áspero castigo
Em que o meu corpo assim, tão subjugado,
Busca na vala da vergonha abrigo
E na boca da morte é despejado!
Mas..., não me mates ó senhor carrasco,
Antes que proves da navalha o fio!
Sentindo o bafo da morte ser o asco,
Somos Diabo e Deus num desafio!
Eu fui vítima desta minha imagem,
Quais vossos olhos veem assim vagar,
Tão subestimados, por força selvagem!
Se a dívida da carne a te pagar
São os abusos..., dai-me esta coragem
Para que assim me mates, bem devagar!
Eduardo Eugênio Batista
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