O SONETO.
Universal e eterno cria asas,
o meu soneto e cresce e voa, é águia.
Faz pouso em França e Itália, em Portugal,
e bebe o vinho, o som e a luz dos deuses!
Expande-se infinito, e, eis Eleuses,
e eis Camões, nas Índias, nas Canárias,
nadando com um braço, um olho só...
Para salvar-se - a si e ao seu escrito.
Pão espiritual dos preferidos,
todos os deuses comem-no e bebem,
transfeito em sangue e corpo de Jesus.
Sou em si, qual se fosse o próprio eterno,
ou qual se fosse um deus, a luz e o som,
a vida do após vida, o tudo e o todo!
20-07-07 às 5 horas e vinte minutos