INVASÃO DE AMOR COVARDE - Poesia nº 28 do meu quarto livro "ECLIPSE"

Não, não tenha ao partir-me, dó de mim

A transformar-me neste monstro humano,

Por mais que redimir-me, eu tente. Enfim,

Esta culpa é a de um vil profano!

Tanta mágoa lhe trouxe, lhe dei dores!

Seu corpo - usurpei! Eu, feito animal

Pelo prazer, forcei-a a ter ardores...

Praga que a desflorou; sim, agi mal!

O que era pra ser meu - abandonei,

Numa ilusão de pura falsidade,

Mentindo que por ti, me apaixonei.

Hoje eu sinto o horror desta crueldade!

E a honra minha por aqui morreu

Covarde, sem um luto ou piedade!

Eduardo Eugênio Batista

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Setedados
Enviado por Setedados em 05/03/2017
Código do texto: T5931686
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