TE  AMO
 
E se um dia  as palavras se acabassem,
não tivesse eu jamais com que dizer,
que eu te amo, te amo, mesmo além
desse  espaço que fica a me conter?
 
E se  as rimas se fossem, mas deixassem
a esperança de um verso por fazer?
Em meus verbos de dor, que não se esgarcem
ó  palavras que morrem sem dizer
 
que  eu te quero e assim não solte, então,
a voz  presa que me devora, um verme,
nas entranhas, roubando-me a  noção
 
de que eu amo, com medo de perder-me
do imaginário, no verso a solução,
‒ ó palavras, voltai e socorrei-me!


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