LITÚRGICA MORTE DAS ALMAS - Poesia nº 27 do meu quarto livro "ECLIPSE"

Quando túrgido o eu violento e louco,

Derrama-se em aziago paradoxo,

Estou entre o ser e o nada, se tampouco

Morrer ou viver num mundo ortodoxo!

É a fúria da livrança que escarneço

No abantesma meu, em tal detrimento,

Desfalecido por pragas que a preço

Vil, julga-me a fé, triste purgamento!

E é na vida uma cura que preciso,

Em essência açoitada por aviso,

Que num lento galope a culpa traz!

E assim, cada momento, essa verdade

Escapa aos olhos nus da humanidade,

Na forma mais cruel que me desfaz!

Eduardo Eugênio Batista

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Setedados
Enviado por Setedados em 04/03/2017
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