LITÚRGICA MORTE DAS ALMAS - Poesia nº 27 do meu quarto livro "ECLIPSE"
Quando túrgido o eu violento e louco,
Derrama-se em aziago paradoxo,
Estou entre o ser e o nada, se tampouco
Morrer ou viver num mundo ortodoxo!
É a fúria da livrança que escarneço
No abantesma meu, em tal detrimento,
Desfalecido por pragas que a preço
Vil, julga-me a fé, triste purgamento!
E é na vida uma cura que preciso,
Em essência açoitada por aviso,
Que num lento galope a culpa traz!
E assim, cada momento, essa verdade
Escapa aos olhos nus da humanidade,
Na forma mais cruel que me desfaz!
Eduardo Eugênio Batista
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