CADÊ…?
Cadê o céu, a vida e os ares puros?
Que vida a minha! Só sombras e névoa...!
Cadê o trêmulo olhar? Cadê o futuro?
Como um sonho vai, já, longe, voa, voa...
No horizonte, a luz do amor já não vejo
E não brilham no céu as três estrelinhas,
Que tomaste, impiedosa, de mim em segredo,
Para tuas irmãs, para tuas fadas madrinhas.
Surda! Ouça bater o amor no seu peito
E venha logo, sem ironias, nem enganos,
Abraçar o caminho que para ser perfeito,
Carece, apenas, de ti e de teus verdes anos.
Venha e abra a porta do novo amanhã
Para jamais fecundar uma só lágrima vã.
Olinda- PE, em 03 de março de 2017.