APÓS O LEVANTE

APÓS O LEVANTE

No chão, poças de sangue entre os caídos...

Tropas marchando por ruas vazias,

Enquanto quedam mais e mais sombrias

As horas sobre mortos e feridos.

Exangues, rostos já desfalecidos

Que externavam inúteis agonias

Não clamarão por sob as lajes frias

O humílimo silêncio dos vencidos.

Por toda parte cacos de vidraça,

Entulhos e colunas de fumaça:

O caos d’onde irrompera a força bruta...

É restabelecer a qualquer custo

A ordem sob esse mando mais robusto,

Que a noite da cidade agora enluta.

Belo Horizonte – 28 02 2017