EFEMERIDADE
Fecharam-se os umbrais da madrugada
Perderam-se, exauridas, brumas frias
Adormeceu a dama prateada
Eis tuas verdejantes pradarias
Levanta-te! O perfume da alvorada
Etéreo como a brisa que aprecias
Não tarda vai seguir a passarada
Buscando o duro exílio dos teus dias
Se a fulva majestade dessa aurora
Convida-te a bailar, jamais rejeites
O ocaso tudo logo leva embora
É tua primavera (evanescente!)
Repleta de magníficos deleites
Por isso, saboreies simplesmente