Pêsames do futuro
O futuro? Não existe pra mim
Sinto tudo acontecer agora
Nem sofro, mas há tantas horas
Que vivo me sentindo assim
Não é triste, nem cabisbaixo
É um sentimento até de vaidade
Queria fugir dessas verdades
Mas o agora é tão melhor, acho.
Não há parênteses pra essa alegria
Essa angústia que sinto me aflora
Sinto em versos, um tédio, melancolia
Vou fluindo e colocando pra fora
Os pêsames do futuro que me afronta
Os desafinos desta suave poesia.