SONETO DA RAZÃO

Na prepotência do querer ser altivo

Que arde na desavença em chama

E queima no ódio que não se ama

Acinzentando num desafeto cativo

É um tal sentimento insano, adjetivo

Que então contamina a alma na lama

Do egoísmo, que o zelo nunca clama

O acolher nos abraços, e ser passivo

Que devoto tanto, esse, que flama

A injustiça, num arbítrio explosivo

Tiranizando o viver em um drama

Onde há razão no ato opressivo?

Quando o Verbo, oferta proclama:

- Amar com amor para estar vivo!

© Luciano Spagnol

poeta do cerrado

Março de 2017

Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 02/03/2017
Reeditado em 29/10/2019
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