GAROTA DE PROGRAMA - II
Traz nos seus braços, em chamas, a dor
No riso a cor, das nódoas resentidas
Disfarce no rosto, e no corpo o agror
Das muitas noites em claro, sentidas
Mulheres meigas, por vez, atrevidas
Sábias ou tolas em cru despudor...
Escaras (em decúbito), sofridas
Marcam sua alma com grande rancor,
Muitas, cativas, da tola ilusão...
Promessas feitas por “anjos” pernoite
Chagas se abrem num bom coração
Triste labuta, a da “moça” da noite
Têm dias contados; e sem condição
Doa-se “à vida - entre o caos e o açoite”.
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Bela e reflexiva interação do poeta FERREIRA ESTÊVÃO.
Grata!
Não zombes da prostituta
Ó meiga e feliz donzela
pois ela já foi como tu
e ainda podes vir a ser como ela.