Soberbas criaturas
Ninguém tá nem aí pro seu vizinho;
Ninguém mais quer saber do semelhante;
Nem mesmo enxerga a dor em algum semblante;
Ou em outro coração qualquer espinho.
Ninguém enxerga mais lá adiante,
Alguém chorando pelo seu caminho;
Nem vê o quanto a falta de carinho,
Só torna a vida mais desconcertante.
Filantropia ou solidariedade,
Deixaram de existir na humanidade.
Ninguém se importa mais com mais ninguém!
Assim, na sua vida miserável,
O ser se torna um ser abominável,
Com sua indiferença e seu desdém.