ITINERÁRIOS
Estrelas sem fulgor no peito anoitecido
carrego, atribulado, a palmilhar procelas,
saudoso do prazer de ter a luz daquelas
que enchiam meu olhar vibrante, enternecido.
Nas sendas infernais do caminhar dorido,
insípidos vergéis, paisagens amarelas,
mofinos roseirais, catástrofes, mazelas...
Bafejo aterrador de angústia me é servido!
Incauto, o coração sucumbe às insistentes
melífluas emoções, resquícios sanguinários
do ardume, do querer indóceis, envolventes.
Letífera lembrança acossa os necessários
agrores que, ferindo, avultam as torrentes.
São lágrimas de sal em seus itinerários!