Na vida da gente
Na vida da gente
Na vida da gente quando tudo desanda
A gente não vê nada mais a seu redor,
O coração parece ter um estertor
A alma, tal roupa estendida na varanda,
Sendo arremessada ao sabor do vento,
Pedindo passagem ao corpo tão sofrido
Em que o verbo amar é surpreendido
E perde as estribeiras pelo sofrimento.
A gente desatina, endoidece, sufoca
Tudo parece desproporcional,
De desconforme a antinatural,
Até o silêncio, estoura igual pipoca,
Nada pra gente parece natural
Perdendo o equilíbrio, entre o bem e o mal !
São Paulo, 01/03/2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia
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