O enterro do "Artur"
Hoje vais ser queimado e amaldiçoado
No carnaval aqui da minha aldeia,
Pois a maldade tua já chateia
E tens de ser à morte condenado.
Eternamente não serás perdoado,
Pois tu semeaste o mal da tua ideia,
E quem o mal somente assim semeia
No fogo paga pelo seu pecado!
És uma alma malvada e sem piedade,
E só fizeste mal a toda a gente,
Com um semblante sempre de contente.
Mas eis que já chegou a tua hora:
- Adeus! Jamais te quero ver! Agora
Ardes no fogo pela eternidade.
Ângelo Augusto