LoUcO nA vIaGeM dA fAnTaSiA

I

Quase morro, louco e no meio do mato

Meio morto, respiração leve e pela metade

Sensação da perda de esperança me invade

Anjos à postos e prontos! Forjam meu rapto

Corro pelo mato! No centro da mata virgem

Descubro que posso ser uma miragem

Tropeço em desenhos. Muitas paisagens

Entre tantas histórias, uma única imagem

Uma apenas! Retrato em preto e branco

Na mata entre queimadas e encantos

Solidão dentro do mato. Entro em prantos

Sinopse surreal! Confidências d'um louco solto

De alma pura que desfalece na mata estranha

Inerte e apagada! O hoje se perde! Só amanhã

II

Levanto-me! Acordado por descobridores

Descobriram-me no meio da mata morta

Quase morto, observo toda trilha torta

Não vejo minha foto! Somente traidores

Na imagem, Adão, Eva e Judas Iscariotes

Pendurada na árvore de folhas desnutridas

Estavam abraçados, sorrindo da boa vida

No fundo a serpente pronta para dar o bote!

Eu... nem vivo nem morto nem nada

Dentro da mata virgem achava graça

Indago... tanta coisa em pouco tempo

Depois de um longo martírio, contento

A mata do louco é melhor que um túmulo

Sonho maluco com muitos capítulos

III

Capitulos de mentira! Rascunho meu sonhar

Na mata, túmulos de verdade! Desenterrados

Corpos inteiros! Todo tipo... um rolo danado

Dinossauros em festa! Almoço, lanche e jantar

No centro da mata o choro de Pilatos e soldados

Romanos arrependidos! Consciência pertubada

Nos presídios, corpos e almas aprisionadas

Fora, assalariados mágicos e desamparados

Tudo num sonho desenhado na mata

Parei! Acabou o lápis, borracha e o papel

Próximos capítulos, enviarei versos do céu

Realidades e sonhos no caminho! Tudo passa

Enquanto ímpios serão iscas! Vidas vazias

Na mata ou no céu, não morre a harmonia

Cláudio Francisco
Enviado por Cláudio Francisco em 28/02/2017
Reeditado em 01/03/2017
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