AS DESGRAÇAS HUMANAS

Canto as maiores humanas desgraças,

De suas árduas e tantas tristezas,

De sonhos vãos e de vis impurezas

Que se transformam em duras carcaças.

Aos céus divinos, efémeras graças,

De naturais e tamanhas belezas

Feitas somente de mais incertezas,

Pra se viver de alegrias escassas!

Quanto desejo de vida e de morte

Vejo nos peitos humanos cansados,

Que apenas querem um pouco de sorte...

Jamais entendem que estão condenados

À realidade difícil da vida,

Nas mãos da morte cruel e esquecida.

Ângelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 28/02/2017
Reeditado em 28/02/2017
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