AS DESGRAÇAS HUMANAS
Canto as maiores humanas desgraças,
De suas árduas e tantas tristezas,
De sonhos vãos e de vis impurezas
Que se transformam em duras carcaças.
Aos céus divinos, efémeras graças,
De naturais e tamanhas belezas
Feitas somente de mais incertezas,
Pra se viver de alegrias escassas!
Quanto desejo de vida e de morte
Vejo nos peitos humanos cansados,
Que apenas querem um pouco de sorte...
Jamais entendem que estão condenados
À realidade difícil da vida,
Nas mãos da morte cruel e esquecida.
Ângelo Augusto