NA PAISAGEM QUE PINTO DO SERTÃO

Que haja bois e haja vacas e alazão

Na paisagem rural que pinto agora;

E um vaqueiro destemido com espora,

Com chapéu, com colete e com gibão!

Que haja chuva e haja sol sobre esse chão,

E que haja lenitivo pra quem chora

A saudade do amor que foi embora

E é cantado num cordel, co’emoção!

Que não falte esperança que consola

Nosso povo. E a cantiga de viola

Pro poeta perguntar seu mourão!...

E que haja compromisso dos doutores:

Políticos não sejam enganadores,

Na paisagem que pinto do sertão!