SONETO DE UM AMOR PROIBIDO

Da paixão surgiu o meu eu encantado

Do silêncio, suspiros sem sons ledos

Engasgados como são nossos medos

Onde o inviável está ali aprisionado

Aqui confesso, então, estes segredos

D'alma que vai com o perigo ao lado

Desgovernado sem o tempo marcado

Pávido e, com os sentimentos vedos

Triste o afeto que quer ser enamorado

E se queima em aventurosos folguedos

De ilusão, que não deveria ser desejado

O que é rochedo é o amor proclamado

Tudo passa, é passageiro, só enredos

E este, proibido, é um amor agoniado...

© Luciano Spagnol

poeta do cerrado

Fevereiro de 2017

Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 26/02/2017
Reeditado em 29/10/2019
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