LAMÚRIAS ROTAS

O coração sofrendo seus flagelos

Quando extravasa fráguas lancinado

Experimenta alívio e, renovado

Ri-se e desliza em céus suaves, belos

Do pranto as águas turvas levam medos

Desenclausuram cantos de um vassalo

Fulgem contentes olhos, seu regalo:

Agrilhoar desgostos em degredos

Sendo a lamúria rota, carcomida

Celebra um'alma outrora entristecida

Bailando, livre de penosas dores

Da lacrimosa inquietação desfeita

Brota, enleante, a sensação perfeita

De apreciar da vida os esplendores

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Inspirado no soneto "A LÁGRIMA", da poetisa Ângela Faria de Paula Lima.

http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/5923977