Lápide Vazia
E arrastando-se na penumbra sombria
Avisto sua cova enegrecida pelo tempo
Seu nome esquecido em uma lápide vazia
E a sua vida na lembrança de um monumento
No seu rosto já não há mais a vivacidade de outrora
Pois agora estás transfigurada em uma caveira
Aqueles seus belos olhos e os seus bons modos de senhora
Encerrado em um enobrecido caixão de madeira
E no seu túmulo sobrevive apenas uma rosa
Iluminado por uma chama vacilante
Imagino você sozinha, temerosa
Dentro de uma sepultura obscura
Ainda ouço o seu clamor que sai sufocante
E lembro-me daqueles momentos de ternura