Quando na neve
Quando na neve da lua esfarelada
O caldo imaculado no relento
Cai no lago, uma sede desatenta
Se amarra entre as esferas amarelas.
Quando são gotas vitrais e ressecadas
A chuva aproximada em seu convento
Os suplícios distantes sem lamento
Em janelas se alegram profanados.
Quando se estende o navio da Beleza
O mar que ventura o alto por Veneza
Tem pingentes com bússolas de gárgulas.
Nesta terra inteira, nada mais,
Embora aurora de vertigem,
É uma penumbra esquecida pela Virgem
Ao céu negaria a sua flâmula.