KANDINSK

KANDINSK

Historiadores negam, entretanto,

Um pintor que pintava uma paisagem

Prostrou-se desolado e, em tal visagem,

Repara na palheta mais encanto.

Aí, viu o que ninguém via. Portanto,

Deixando as flores míopes sem mensagem,

Admira as formas tidas por miragem

De su’alma evadida com espanto.

Qual criança, ele descobre as cores puras

Livres já da coerência co’as figuras

E, ensimesmadamente, a aurora aguarda...

Degenera ora o alvor, geômetra lírico.

E a expressar além seu universo onírico

O bravo azul irrompe na avanguarda!

Betim – 20 06 1999