“Vida loka”
E ser poeta é ser vida loka,
Boca se tranca na alma que esvoaça,
Traça caminhos e não marca touca,
Mouca se sentir na ironia, ameaça.
Abraça a lua e conta-lhe segredo,
Sem medo, ao hediondo ele viaja,
Engaja em tudo sem saber o enredo,
Dedo fala, a grafia seduz: é naja.
Haja loucura, pousa num escuro,
E no muro anda bêbado de verso,
Imerso de si de arrojo diverso.
O inverso é seu forte, voa enduro,
Apuro, contramão, sem estribeira,
Cheira o pó da saudade matadeira.
#ordonismo
Uberlândia MG
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