FIM DA VOLTA (soneto)

E pelo cerrado eu fui, prosseguia

No coração só saudades e medo

No olhar lembranças em segredo

O vento pálido em prece reluzia

Longínquo o horizonte, romaria

Espesso e truncado o arvoredo

Rasteiro, estava mudo e quedo

Nenhum pio ao derredor ouvia

Parca aragem, alma em degredo

Ferindo-me no silêncio aí eu ia

No peito a dor velava o enredo

Fim da volta, para ti eu partia

As mãos tomando-me um aedo

Tive que aprender nova alegria...

© Luciano Spagnol

poeta do cerrado

Fevereiro de 2017

Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 20/02/2017
Reeditado em 29/10/2019
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