Soneto sem assunto
O que vou escrever agora cedo?
Estou a perguntar a minha alma!
Quem sabe sobre sufoco ou calma
que nos balançam entre paz e medo.
Não sai nenhum versinho no meu dedo
que fale da caristia que é má
ou do carnaval que se vê chegar...
Acho que acordei foi muito cedo.
Vou ler o jornal! Lá tem novidades,
os crimes que atemorizam as cidades
ou alguma coisa que se aproveite.
Só sei que amanheci sem poesia
e isso me traz muita agonia
igual agora no café sem leite.