MEU AVESSO
Projetei-me, com calma, pelo avesso
Ingressei no interior da minh’alma
Reconstruindo-me nesse ingresso
Sanando, no passado, meus traumas.
Murmurei baixinho com a consciência
Retomei os acertos e erros comedidos
Coloquei em xeque as minhas vivências
Procurando recuperar o tempo perdido.
Recolhi cacos que ficam pelo caminho
Unindo arestas do meu coração partido
Colorindo todos os espaços sozinhos.
Vivenciei, na íntegra, medos vencidos
Dei tons vibrantes aos novos pontinhos
Reconstruí assim, meu Ser, antes ferido.