SONETO DE ROSA E O TREM

Vi Rosa sentada ali anos a fio

Teceu sonhos em invisíveis agulhas

Coloridas linhas correram em seus dedos

Enfrentava desafios, crescia a ser alguém

Horizonte sem seguir a correnteza do rio

Olhar perdeu vistoso brilho... as fagulhas

De outrora quando desprezava os medos

Aguardava agora passasse o último trem

Manta protegendo o corpo temendo o frio

Pernas tremendo sem ser de ansiedade

Da espera do encontro do primeiro amor

Lá vem ele!... esticou o ouvido ao assovio

Embarcou... deixou pra trás apenas saudade

No banco da gare parece haver sempre uma flor

Pedro Galuchi
Enviado por Pedro Galuchi em 18/02/2017
Reeditado em 18/02/2017
Código do texto: T5916144
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.