SONETO DE ROSA E O TREM
Vi Rosa sentada ali anos a fio
Teceu sonhos em invisíveis agulhas
Coloridas linhas correram em seus dedos
Enfrentava desafios, crescia a ser alguém
Horizonte sem seguir a correnteza do rio
Olhar perdeu vistoso brilho... as fagulhas
De outrora quando desprezava os medos
Aguardava agora passasse o último trem
Manta protegendo o corpo temendo o frio
Pernas tremendo sem ser de ansiedade
Da espera do encontro do primeiro amor
Lá vem ele!... esticou o ouvido ao assovio
Embarcou... deixou pra trás apenas saudade
No banco da gare parece haver sempre uma flor