A DEUSA DA MINHA RUA
Sempre à noitinha eu a vejo chegar
Retornando, elegante, a seu abrigo...
Não sou “voyeur”, mas juro, não consigo
Deixar de olhar um corpo singular!
Seus olhos verdes, verdes como figo,
São adornos duma deusa dalém mar,
E as tranças enroladas, cor de trigo,
Tem nuanças do poente no luar!
Tudo nela me encanta e me fascina,
E os modos de mulher e de menina
Num só tempo são pueris e obscenos!
Sei que é teimosa e até intransigente...
Pode ferir, sem pena, agudamente,
Mas sabe amar, sem pejo, como Vênus!
Imagem: Google
Fundo: Mulheres ( comp. Martinho da Vila)
Sempre à noitinha eu a vejo chegar
Retornando, elegante, a seu abrigo...
Não sou “voyeur”, mas juro, não consigo
Deixar de olhar um corpo singular!
Seus olhos verdes, verdes como figo,
São adornos duma deusa dalém mar,
E as tranças enroladas, cor de trigo,
Tem nuanças do poente no luar!
Tudo nela me encanta e me fascina,
E os modos de mulher e de menina
Num só tempo são pueris e obscenos!
Sei que é teimosa e até intransigente...
Pode ferir, sem pena, agudamente,
Mas sabe amar, sem pejo, como Vênus!
Imagem: Google
Fundo: Mulheres ( comp. Martinho da Vila)