SE DER...

Quando vingar a semente do fim,

Nascerá o que se chama nada?

Cercado apenas por puro capim,

Viverei alegre em cova rasa?

Ou convencerei os querubins,

E pedirei emprestadas as asas?

Voarei... Existirá confins,

Para barrar o voo de minh'alma?

Se der, consertarei os erros,

Dos que chorarem nesse enterro,

E depois parecerem infeliz.

Se tiver forças para o desterro,

Se não, apenas alma no aterro,

Nenhum adubo da flor de lis.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 17/02/2017
Código do texto: T5915016
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