SONETO DOS PESCADORES (redondilha maior)
As portas escancaradas
Janelas batem ao vento
No mar balançam jangadas
Dia passando sonolento
Tecem lento nova rede
Nas areias do vilarejo
Água doce mata a sede
Salgada atiça desejo
Cabeças fartas de histórias
As façanhas verdadeiras
Ou mentiras mais inglórias
Homens simples... sonhadores
Vivam mil vidas inteiras
Serão sempre pescadores