À MERCÊ DO TEMPO

À MERCÊ DO TEMPO

Hoje, que chove forte e venta frio,

Percebo o quanto sou eu suscetível

Às mudanças do tempo, ao mesmo nível

Dos que fixam na lua o olhar sombrio.

Abandono-me à espera d'um estio.

No entanto, cada vez mais irascível,

Não raro me estremeço de sensível,

Gelando a espinha súbito arrepio.

No céu, nuvens pesadas bem escuras,

Deixam-me o peito opresso e amargurado

Sem eu saber sequer por quê cuidado.

Segue o tempo a variar temperaturas

Junto com meu já não tão bom humor

Enquanto nega o sol o seu calor.

Betim - 14 02 2017