(Imagem do Google)
SEM CHANCES
Odir Milanez
Eu não sei nem me lembro do que sou.
A cabeça me dói, o corpo freme,
tremem-me as mãos tementes de onde vou,
um velho barco a vau, sem vela ou leme.
O vento arrasta o verso que restou
do mais puro de mim, do mais estreme
do que fui, do que fiz, do que ficou
dos dias de não ser, que a gente teme.
Fiz tudo o que pensei fazer pudesse,
sonhei capaz de ser o que sonhasse,
querer quaisquer querências que quisesse.
Só não pensei que o tempo terminasse
a sequência de sonhos. Se eu soubesse,
amaria, bem mais, a quem me amasse...
JPessoa/PB
14.02.2017
oklima
Sou somente um escriba
que escuta a voz do vento
e o versa em versos de amor...
Para ouvir a música, acesse:
http://www.oklima.net