VOO SOLO.

Com um canto triste, saudava, eu, o novo dia,

É tão belo o cantar, quando se canta com alegria.

Mas cantar, já não bastava, assim dizia o coração,

Da vida, eu quero mais... aventura e emoção.

Em noites frias de luar, chegava ele a perguntar...

Por que não voas, Cotovia? O céu está a te esperar.

Mas, novamente, sem cor, um outro dia amanhecia...

E meu canto triste, era tudo o que se ouvia.

Vem, Cotovia! Confia a mim, tuas asas

É o que te falta, minha grande amada.

E, juntos, alçaremos lindos voos sem amarras.

Confiei e para ti guardei, amado Rouxinol

O mais lindo dos voos, um dia sonhado

Volta, Rouxinol...nesse lindo pôr de sol...

Elenice Bastos.