BREVE ACENO
Somos imperfeitos
Tal qual o aceno de uma mão em vão
Tal qual um olhar piscando dizendo que não,
Quando não suportamos a dor da tentação...
Somos imperfeitos
Tal qual o sabor do tempero sem sal
Ou como se fosse um pingo de chuva no temporal
A espera do vento que chega sem sinal...
Por isso, morremos de medo do breve sinal
Do aceno do engano quando não cabe a nós
Da tristeza de repente de um coração ferido...
A nossa imperfeição, mesmo berrando a nossa voz
É como um sinal de que o mundo não vive perdido
E que somos parte dele, ao caminho do bem ou do mal...