Calembur
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Esse escrito vai para:
G osto do conforto e do gosto de sua asa,
I nteligente mente; fina que nem mente,
L i e leio; o bico faz bico surpreendente,
B asta e não cobra é cobra no assunto e arrasa.
E sela-me a meiguice na cela da alma,
R egue-me num reggae que me balança,
T al balança pesa e o carinho me alcança,
O resto é alento, não vendo; vendo que acalma.
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Na saia um conserto; faça a vista,
Vista-a para o concerto e saia.
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Calembur
Eu rio, mas se sou rio, longe do mar,
Amar; vela que acende, ascende a vela,
Ela uma coragem, sou ela a navegar,
Morar no nada e nada em aquarela.
Gela se casa e não está em casa,
Em asa leve, que o seu sonho leve,
Breve a serra que cerra visão rasa,
Vaza a pena. Que pena, mas se atreve!
Escreve um conto; conto; um, dois e três,
A tez eriça, iça no canto um canto.
E levanto; acento no assento? Espanto!
Tanto cinto, que sinto, não; talvez,
Xadrez a calça; e calça bota torta,
Na torta bota vil “sarin”, viu a morta.
#ordonismo
Uberlândia MG
http://raquelordonesemgotas.blogspot.com.br/
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de Fernando Cunha Lima
UM VERSO CALEMBURGO AINDA CANTA
Tecendo o verso, terço primoroso,
Exposto pelo ar em trocadilho,
Nascido do poema como filho,
Ora ficando sério, ora jocoso.
O verso, versa e canta em estribilho,
E o poema sai maravilhoso,
Cerzindo em cada rima, benzo e cozo,
Com medo de não cair nos descarrilho.
Juntam-se dois poetas nascitur,
Acomodam-se na verve calembur,
Para poder assim amar ou rir.
Após de lentamente costura-lo,
O verso solta o grito como um galo,
E prende o choro pra também sorrir.
Louvando, aplaudindo, ante os escritos calemburgo de ambos poetas, maravilhosos: Raquel e Gilberto. Fernando cunha lima, 13-01-2017.
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De Poeta Carioca para Gilberto Oliveira
(afagos letrificados)
***CALEMBURGANDO***
Quando vejo a Águia em homenagem,
Bate-me uma ideia na vertigem,
Esse delírio meu, loucura de origem,
E procuro meu semelhante e imagem...
Nessa harpia vive grande ser humano,
Inteligente, ímpar DNA de gente,
Contundente, cousas que se invente,
A abalar todos os céus de Urano...
Mas quem vos fala é fã, um suspeito,
Defunto a rir, leitor de mórbido leito,
A ler fortes criativíssimas bizarrices...
... Leio meio de meneio sem receio
Reversos dos anversos dos teus versos
Mergulhando nos desertos submersos
Que vosmecê lança lá do escanteio...
É. Lá doutro canto dum Recanto aberto
A ti dedico, Fera! Braço amigo Gilberto!
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