TRISTE FINAL DE OUTONO
A noite vem espraiada
num grito de amargura,
uma dor codificada,
doença que não tem cura.
Sofrimento confinado,
prisão de celas diversas,
o tempo passa apressado,
as esperanças imersas
nas incertezas advindas.
Que se apresente esse sono
às trevas, ao abandono.
Uma vida desprovida,
toda ela consumida
num triste final de outono.