A ilusória posse
A vida, ao norte, tem sido fruto
De um arvoredo que não é mais meu
Mas que um dia já me pertenceu
E hoje, chega a parecer insulto
Pois vejo-me constantemente como um vulto
Que não sabe de fato onde padeceu
Sua capacidade de enxergar no breu
As tantas faces deste malefício oculto.
A esperança não pode ser a bússola
Que consequentemente postula
Um novo caminho a ser seguido.
Se não já sei no que baseio a existência
É mais proveitoso aceitar as consequências
De que estou completamente perdido.