A ilusória posse

A vida, ao norte, tem sido fruto

De um arvoredo que não é mais meu

Mas que um dia já me pertenceu

E hoje, chega a parecer insulto

Pois vejo-me constantemente como um vulto

Que não sabe de fato onde padeceu

Sua capacidade de enxergar no breu

As tantas faces deste malefício oculto.

A esperança não pode ser a bússola

Que consequentemente postula

Um novo caminho a ser seguido.

Se não já sei no que baseio a existência

É mais proveitoso aceitar as consequências

De que estou completamente perdido.

oitalo
Enviado por oitalo em 13/02/2017
Código do texto: T5910813
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