Regula a minha vida um tempo incerto
Regula a minha vida um tempo incerto;
Relógio de ponteiros contorcidos.
Bem acho os dias meus bem parecidos,
Tristezas, mágoas, dores... sempre perto.
O que é o errado? E qual caminho certo?
O mar da vida é mar de enfurecidos,
E o mapa nos ilude dos perigos;
Mais burro é aquele que se diz esperto.
Relógio estranho. Eu e as poesias,
Mordendo-me na angústia de alergias
Que na alma me anoitece o pensamento.
Relógio estranho de ponteiros tortos,
Apontam meia noite: todos mortos.
Pois vida e morte forma um só momento.
SP, 10/02/17