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ESFINGE

Odir Milanez
 
Aos meus olhos o mar se fez pequeno,
fez-se silêncio junto aos meus ouvidos.
Não é que esteja ele mais ameno.
Eu é que reduzi os meus sentidos.
 
Não escuto e não sinto os seus bramidos.
Sequer de espumas vejo algum aceno.
Está vazante o mar, está sereno,
enquanto intensifico os meus gemidos.
 
Por que do mar tamanho revertério?
Ele não mais retumba um impropério,
sequer desejos deixa sobre a areia...
 
O mar se encolhe  seco, mudo e sério.
Esfinge sou, guardando o meu mistério
de ser mar, que nos mares não mareia!...
 
JPessoa/PB
10.02.2017
oklima
 
Sou somente um escriba
que escuta a voz do vento
e o versa em versos à vida...
 
Para ouvir a música, acesse:
 
http://www.oklima.net
 

 
oklima
Enviado por oklima em 10/02/2017
Reeditado em 10/02/2017
Código do texto: T5908371
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