Um poema pela manhã de sexta
O verbo inicia na manhã de sexta,
Mas o café já está pronto e chama,
Quem sabe a esperança, desassossego,
Mas o meu dia é uma longa festa,
Assim que não se apague esta chama,
Eu escrevo o belo que não me cega,
Que termine este verso chorando muito
O tempo que descortina o horizonte,
Quero gritar o meu canto que é mudo,
Um grito que quando criança gritava antes,
Mas o meu estômago ronca e passa o tempo,
Vou comer, até mais tarde, já vou indo, eis
Que eu amo o leitor de modo e tanto
Que deixo-lhe a leitura para que tenha a sua vez...