COM VASELINA
Soneto com ferrugem não dá pé
Não gira e desencanta quem o lê
É como aquele amigo leguelhé
Que não tem a lisura que se crê.
Um óleo sempre ajuda além da fé
Ou graxa, ou vaselina, sei lá o que...
Até mesmo uma banha se quiser
Untando cada verso e o ponto G.
Daí vai deslizar como é preciso
Vai levar o poeta ao Paraíso
Ao gozo do prazer de sonetar.
Azeite virgem para o seu batismo
Pois que nasceu de um pai sem egoísmo
Pra vê-lo suavemente deslizar.
** Interação ao soneto: Soneto lubrificado (T5906103) do poeta JRPalácio.