COM VASELINA

Soneto com ferrugem não dá pé

Não gira e desencanta quem o lê

É como aquele amigo leguelhé

Que não tem a lisura que se crê.

Um óleo sempre ajuda além da fé

Ou graxa, ou vaselina, sei lá o que...

Até mesmo uma banha se quiser

Untando cada verso e o ponto G.

Daí vai deslizar como é preciso

Vai levar o poeta ao Paraíso

Ao gozo do prazer de sonetar.

Azeite virgem para o seu batismo

Pois que nasceu de um pai sem egoísmo

Pra vê-lo suavemente deslizar.

** Interação ao soneto: Soneto lubrificado (T5906103) do poeta JRPalácio.

Kid verso
Enviado por Kid verso em 08/02/2017
Reeditado em 09/02/2017
Código do texto: T5906625
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