Poente
'stava sentada a morrer lentamente
E com olhar perdido no horizonte
A cor-laranja banhava sua fronte
Deixando pra trás a sombra descrente
Certamente, lá e aqui, agora ou depois
Às vezes, equivale a eternidade
Lugar onde mora a felicidade
Vossos sonhos edificam-se a dois
Quisera o mundo congelar agora
E confinar de vez toda sua agrura
Para emergir uma nova aurora
E a paz não ser a guerra permanente
Para delinearmos nossa postura
No perecer romântico do poente